29 de Junho de 2022
Resumo da Mostra Documental – “Memória das invasões francesas”
O Alto Minho, de certo modo poupado de combates na 1ª invasão francesa, foi fortemente marcado pela 2ª invasão, comandada por Soult, e pela 3ª e última invasão, comandada por Masséna, onde centenas de jovens alto minhotos participaram, um pouco por todo o país, nas diversas frentes de batalha.
O impacto, quer social quer patrimonial, foi imenso. O avanço do exército francês, os mortos, as pilhagens, a destruição e a retirada da parcas forças militares portuguesas para a defesa da cidade do Porto causou medo e mesmo motins populares contra aqueles que representavam a administração política, militar e mesmo religiosa portuguesa.
A verdadeira beligerância da região do Alto Minho com o exército francês foi na 2ª invasão. Incapacitado atravessar o rio Minho e consequentemente de entrar em Portugal pelo Alto Minho, Soult entra por Trás-os-Montes e rapidamente se dirige à cidade do Porto. Pelo caminho toma a cidade de Braga e envia duas forças em direção a Barcelos com o objetivo de tomarem o Alto Minho. A marcha, embora alvo de algumas escaramuças, segue rapidamente o seu caminho por inexistência de forças militares na região, dignas de nota, para rechaçar o poderoso exército francês.
No início de abril de 1809 o exército francês chega à vila de Ponte de Lima, ponto fulcral para o atravessamento do rio Lima. Nessa vila, para além de encontrarem a ponte inoperacional, por ter sido demolido um dos pilares, encontram uma surpreendente oposição de uma força barricada na margem direita do rio Lima, na freguesia de Arcozelo, na zona de Além da Ponte. Depois de conseguir contornar essa dificuldade, o exército francês dirigiu-se para a vila fortaleza de Valença, expandindo-se por todos os concelhos da região.
Com a retirada do exército de Soult e a ajuda e investimento dos ingleses de Wellington, Portugal procede a um trabalho de reorganização das fileiras e de rearmamento. A reorganização do exército fez com que muitos jovens alto minhotos passassem a atuar nas várias frentes de batalha que acompanharam a 3ª e última invasão francesa liderada por Masséna.
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(Mostra documental patente ao público entre os dias 9 e 24 de junho de 2022)